InterID aborda a Questão das Crianças Desaparecidas: Relatório do MJSP e a Importância da Identificação

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou na última sexta-feira (14) o Relatório Estatístico Anual de Crianças Desaparecidas e Localizadas de 2022. O documento detalha os desaparecimentos por sexo, faixa etária, raça/cor e regiões, visando compreender os padrões e causas para desenvolver estratégias preventivas eficazes.

Em 2022, 2.169 crianças desapareceram, com uma média de seis casos por dia. A região Sudeste registrou o maior índice (37,39%), seguida pelas regiões Sul (23,88%), Nordeste (17,15%), Centro-Oeste (15,63%) e Norte (5,94%). No mesmo período, 1.237 crianças foram localizadas, com a Região Sul apresentando a maior taxa de localizações (42,04%), seguida pelo Sudeste (30,72%).

Iara Sennes, coordenadora de Políticas sobre Pessoas Desaparecidas da Senasp/MJSP, destacou a necessidade de reduzir as subnotificações dos casos de pessoas localizadas. “Estamos elaborando estratégias junto às autoridades centrais de busca de pessoas desaparecidas para articular políticas e otimizar os dados que produzimos”, afirmou.

A Relevância do Sistema de Identificação da CIN na Prevenção e Solução de Casos de Desaparecimento

O Sistema de Identificação da Carteira de Identidade Nacional (CIN) desempenha um papel crucial na identificação e localização de crianças desaparecidas. Com uma identificação unificada e padronizada, o sistema da CIN facilita a comunicação entre diferentes órgãos e autoridades, agilizando o processo de busca e localização. Além disso, a digitalização e a inclusão de dados biométricos na CIN aumentam significativamente a precisão e a rapidez na identificação, contribuindo para uma resposta mais eficaz em casos de desaparecimento.

Célio Ribeiro, diretor-presidente do InterID, reforça a importância desse sistema: “A CIN se torna um instrumento vital não apenas para a identificação de indivíduos, mas também para a proteção de nossas crianças. A integração de dados biométricos e a digitalização são passos essenciais para garantir a segurança e os direitos básicos de todos os cidadãos.”

A identificação neonatal é outro componente fundamental desse novo sistema. “Implementar a identificação com biometria desde o nascimento ajudará a reduzir os casos de desaparecimento, garantindo que todas as crianças estejam vinculadas à biometria de sua mãe, e assim possam ser rapidamente identificadas em situações de risco,” acrescenta Ribeiro.

Para o InterID, a implementação da CIN representa um avanço significativo na proteção das crianças e na promoção da segurança pública e cidadania. A CIN não só serve como um documento de identificação, mas também como um instrumento vital para a inclusão digital e a eficiência administrativa, que são fundamentais para a resolução de casos de desaparecimento.

Ao compreender a importância da identificação eficiente e da integração de dados, o InterID apoia iniciativas que busquem aprimorar as políticas de segurança pública e a proteção das crianças. A promoção de estratégias coordenadas e o uso de tecnologias avançadas são passos essenciais para garantir que menos crianças fiquem desprotegidas e que todas tenham seus direitos básicos assegurados.

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