
Durante a edição 2025 do Congresso da Cidadania Digital, que está acontecendo esta semana em Brasília (DF), um posto avançado de emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) esteve aberto exclusivamente para o atendimento de crianças de todas as idades. A iniciativa foi resultado de uma parceria entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a Polícia Civil do DF e a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (Abrid), que organiza o evento.
Esse esforço de reservar um espaço e uma data para as crianças foi aprovado pela ministra da Gestão, Esther Dweck, que esteve presente na abertura do evento. “A emissão desde o nascimento é muito importante e hoje está muito mais fácil integrar os documentos”, disse ela. Relacionando o documento à cidadania, a ministra explicou que “a ideia da nova carteira de identidade é dar acesso a muitas políticas públicas.”
A gestora em recursos humanos Luciana da Silva levou seus filhos gêmeos, Artur e Gabriel, de dois anos, para fazer o documento. “Não foi muito tranquilo tirar a foto e fazer a biometria dos dedos deles”, riu a mãe. “o primeiro foi mais fácil, mas o segundo já estava impaciente. A foto não deu para tirar. Tivemos que usar uma outra”, explicou Luciana.
Apesar das dificuldades esperadas pela idade, a emissão do documento foi um sucesso e os irmãos já receberam a CIN de policarbonato no palco do evento, algumas horas depois. “Vai ser muito mais prático, e quanto mais simples, melhor. Carregar a certidão de nascimento de gêmeos por aí é complicado”, explicou a gestora.
A facilidade também foi a motivação principal para o gerente Wellinton levar as filhar para tirar a nova carteira de identidade e poder carregar apenas a CIN com informações de outros documentos agregadas a ela por meio de QR Code. “elas já tinham RG, mas agora estão migrando para esse novo modelo, que é mais prático”, disse ele. As irmãs Eloá Jenny, 5, e Elisa Jenny, 2, ficaram entretidas pelos pais durante o processo e estavam animadas com a novidade. “Foi bem tranquilo. Muito bom, bem rápido”, elogiou o pai.
A facilidade de ter apenas um número único nacional e a inclusão de outras informações no documento não são as únicas motivações para a emissão da CIN para crianças e até bebês. Para o secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Mascarenhas, “a CIN é inclusão e essa inclusão começa com o registro na primeira infância”.
Durante o Congresso da Cidadania Digital 2025, em Brasília, até os bebês tiveram a oportunidade de emitir a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). Foto: Adalberto Marques
O casal Matheus e Liandra pensou em segurança e facilidade quando levou a pequena Helena, de apenas 5 meses, para emitir a CIN. “Foi para registrar, identificar ela mesmo. Segurança acima de tudo”, explicaram o contador e a esteticista. “É importante ter a documentação para locomoção, para viajar”, completaram. De acordo com eles, o processo foi de captura da biometria foi tranquilo. “Por incrível que pareça”, brincou o pai, que também elogiou a organização e o espaço disponibilizado exclusivamente para as famílias.
O posto avançado no Congresso da Cidadania Digital para emissão gratuita da Carteira de Identidade Nacional em policarbonato ficará aberto até o dia 25 de setembro, para todos as pessoas inscritas no evento. É necessário levar apenas a certidão de nascimento, mas outros documentos como CNH, título de eleitor, certidão militar e carteira do SUS podem ser incluídos, se a pessoa desejar, bem como informações como tipo sanguíneo e opção por doação de órgãos.
CIN
Até a data do evento, 35 milhões de Carteiras de Identidade Nacional já foram emitidas. De acordo com a ministra da Gestão, o objetivo é se aproximar de 100 milhões até o final de 2026. Além das vantagens já citadas, a CIN utiliza apenas o CPF como número unificado de identificação, o que evita a emissão por fraudadores de um registro em cada estado do Brasil, bem como a repetição de carteiras com o mesmo número em diferentes unidades da federação.


